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Programa 2022-2025

O Administrador Hospitalar do séc. XXI é o produto da dedicação e empenho de todos aqueles que nos antecederam ao longo das últimas décadas. Mesmo que não nos apercebamos disso, os ensinamentos e saberes acumulados pelos Administradores Hospitalares que construíram a nossa profissão estão vivos, em todas as nossas ações e decisões do dia a dia. Cada geração, cada Administrador Hospitalar acrescenta novos conhecimentos e experiência a este repositório imaterial e coletivo, que se transmite de geração em geração. É assim que se constrói uma grande profissão como a nossa, em que a tutoria tem um papel fundamental, sem prejuízo da inovação e rasgo que cada colega vai acrescentando à sua intervenção. Também é isto que faz de nós uma comunidade. Uma comunidade que se pretende cada mais forte e mais unida em torno de um objetivo comum: pugnar, sempre, por uma boa gestão da saúde em Portugal. Este é o propósito que pode resumir todos os restantes. Sem boa gestão em saúde, não existem bons cuidados de saúde, não existe resposta aos doentes que nos procuram. O nosso papel é, por isso, de fundamental importância.

Os Administradores Hospitalares foram determinantes na criação do SNS. De forma mais pública, ocupando lugares de maior relevo, mas também de forma mais anónima, no desempenho de funções de gestão intermédia. Os Administradores Hospitalares foram obreiros principais da construção do
SNS. Dito desta forma, parece pouco. No entanto, se atentarmos no facto do SNS ser, certamente, a mais magnifica construção social no Portugal pós-74, facilmente se percebe a importância que esta profissão teve na consolidação do nosso País enquanto sociedade equitativa, livre e democrática. Nos últimos anos, o papel central do Administrador Hospitalar tem vindo a consolidar-se, de forma crescente e sustentada, em todo o sistema de saúde. É fundamental manter esta dinâmica.

“A administração dos hospitais (….), tornou-se tarefa de profissionais, com preparação cuidada e estatuto adequado, visto que a mobilização de meios financeiros e humanos nos serviços de saúde atinge enorme volume e os
prejuízos decorrentes de uma gestão pouco esclarecida podem ser importantíssimos, tanto do ponto de vista económico como social e humano”.

Esta frase, extraída do Estatuto Hospitalar publicado em 1968 (redigido por Coriolano Ferreira), não pode ser mais atual. Assume, aliás, uma pertinência crescente à medida que os cuidados de saúde se tornam cada mais complexos. À complexidade da gestão deve responder-se com conhecimento, experiência e
bom senso e, no caso da saúde, é imperativo que estas qualidades se procurem em quem se preparou para tal.

“Administrador: és bem o mastro real do Hospital a que pertences. Cravado a meia nau, sozinho, firme, com o tronco a nascer do porão escuro e o topo a roçar as nuvens. A ti cabe receber no dorso curvado todos os ventos (de feição, contrários ou mesmo tempestuosos) e a todos transformar em movimento certo que logo comunicas a toda a embarcação”.

Como recusar o desafio lançado por Coriolano Ferreira nesta magnifica definição do que deve ser o Administrador Hospitalar? O nosso propósito deve ser liderar mesmo que as adversidades, por vezes, nos possam desanimar.

Os próximos 3 anos serão particularmente desafiantes para a Administração Hospitalar portuguesa. Quer pelo contexto que previsivelmente teremos, quer pelos riscos e incertezas que enfrentaremos enquanto profissão.

A guerra no leste europeu e a crise nas cadeias logísticas criaram uma tendência inflacionária que certamente nos acompanhará nos próximos anos e que tornará os exercícios de gestão particularmente exigentes. Os custos aumentarão e os proveitos tenderão a desvalorizar-se face a taxas de inflação de
que não temos memória. A dificuldade do exercício acentuar-se-á pelos riscos que existem ao nível da gestão das operações internas, particularmente no que respeita à captação e retenção de recursos humanos.

O contexto exigirá ainda mais de nós e tenderá a acentuar a importância da boa
gestão em saúde. Ao longo do nosso mandato, trabalharemos para que os Administradores mantenham a sua liderança nesta área. Para isso, apresentamos um programa que se alicerça no percurso das anteriores direções
da APAH mas que pretende inovar, quer nos projetos, quer nas ideias.

Tendo como ponto central dos nossos esforços a revisão da carreira, mas sem descurar o investimento em formação e capacitação dos nossos colegas. É um programa que pretende criar uma maior proximidade entre associados, criando novos espaços para a partilha de boas práticas e soluções. Um programa que pretende dar mais visibilidade ao trabalho do Administrador Hospitalar, no
sentido de aumentar a sua importância e reconhecimento social.

Acima de tudo, o que pretendemos é que a APAH continue a ser aquilo que sempre foi: uma instituição livre, democrática e apenas dedicada aos interesses dos seus associados.

Esperamos poder contar com o Vosso apoio e confiança.

1. GARANTIR A REVISÃO DA CARREIRA DE ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

2. PROMOVER A FORMAÇÃO CONTÍNUA NA DIFERENCIAÇÃO DOS ADMINISTRADORES HOSPITALARES

3. GESTÃO PROFISSIONAL DA APAH

4. DAR VISIBILIDADE AO PAPEL DO ADMINISTRADOR HOSPITALAR

5. REFORÇO DAS VANTAGENS DO ASSOCIADO APAH

6. DESTACAR A APAH COMO FÓRUM DE DISCUSSÃO DE POLÍTICAS DE SAÚDE

7. CONSOLIDAR A RELAÇÃO COM OUTRAS ORDENS E ORGANIZAÇÕES

8. RELAÇÕES INTERNACIONAIS