O Barómetro de Internamentos Sociais é uma iniciativa da APAH com o suporte da EY e o apoio institucional da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, com o objetivo de estudar e dar relevo à problemática dos internamentos inapropriados, mas também para fomentar ações conjuntas que minimizem este impacto. Assim, constitui-se como um instrumento para a medição periódica deste fenómeno.
O prolongamento dos episódios de internamento hospitalar para além do período clinicamente necessário conduz a complicações evitáveis para o doente, aumentado o risco de infeções nosocomiais, de malnutrição, de depressão, de quedas e de agravamento dos estados de dependência. Mais, o seu impacto na ocupação de camas hospitalares passa a ter impacto nos tempos de espera para internamentos eletivos (incluindo cirurgias) e no congestionamento dos serviços de urgência, com degradação dos cuidados de saúde ao doente.
O prolongamento dos internamentos é um problema muito complexo. Ao longo do tempo, a incapacidade das famílias e falta de respostas na comunidade têm sido apontadas como as principais razões para a inadequação do período de internamento. Geralmente, estes internamentos são caraterizados coloquialmente como sociais.
Apesar da relevância do problema, não existem dados quantitativos nacionais sobre o fenómeno de internamentos sociais que permitam atuar sobre o problema.
Esta iniciativa conta com a colaboração ativa dos Hospitais do Serviço Nacional de Saúde.