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Estão abertas as candidaturas à 2.ª edição Bolsa “Capital Humano em Saúde”

A gestão de organizações de saúde enfrenta cada vez maiores desafios. Por um lado, existe uma grande pressão na produção e nos resultados e, por outro, mantemo-nos perante uma importante limitação de meios e de autonomia, num contexto de enorme imprevisibilidade.

A pandemia e a disrupção que provocou, ao agravar os problemas já existentes, exigiu que se olhasse para os problemas com outras lentes, porque não é viável “atacar os problemas atuais” com as mesmas abordagens e ferramentas do passado. Mas as mudanças que acontecem e emergem de forma dispersa, sem se perceber o verdadeiro alcance, provocam resistências e estimulam ceticismo.

Quando falamos dos Profissionais de saúde, as mudanças são ainda mais urgentes, dada a quase inexistência de qualquer estratégia focada na melhoria das suas condições de trabalho, na criação de oportunidades de desenvolvimento e de valorização profissional.

É preciso querer mudar, mas isso não chega

Não chega esperar que as coisas mudem, e desengane-se quem pensar que as soluções são simples e diretas. O caminho é complexo, e é imperativo garantir que as instituições e as lideranças definam uma visão e clarificam o sentido no qual querem que os serviços cresçam. Além disso, a proatividade dos profissionais tem de ser fortalecida com as competências necessárias para introduzir mudanças na saúde:

saber interpretar os problemas para além da sua realidade e integrá-los com as perspetivas dos diferentes stakeholders;
saber trazer soluções inovadoras e transformá-las em projetos pragmáticos;
saber promover os projetos em que acreditam e conseguir influenciar positivamente os decisores;
serem capazes de gerir a mudança que os projetos implicam nas equipas;
saber arriscar e gerir o erro;
ser tenaz e saber usar a sua inteligência emocional para se auto-motivarem e motivarem os outros;
saber manter o foco no que se quer alcançar, e não perder de vista o propósito comum;
saber reconhecer e usar a complementaridade dos saberes e acolher as diferenças de opiniões.

Promover e gerir a mudança

Neste contexto a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) anuncia a abertura das candidaturas à 2.ª edição da Bolsa “Capital Humano em Saúde”, uma iniciativa que conta com a consultoria técnica da Nobox e o apoio da Gilead Sciences,

A iniciativa tem como objetivo reconhecer e potenciar o capital humano do SNS, dotando os seus profissionais das competências necessárias para liderarem e implementaram projetos que promovam uma mudança positiva nas suas realidades.

Podem candidatar-se à 2.ª edição da Bolsa “Capital Humano em Saúde” os Hospitais, Centros Hospitalares, Unidades Locais de Saúde ou Agrupamentos de Centros de Saúde do SNS.

Em 2022 a Bolsa “Capital Humano em Saúde” tem um novo formato que visa garantir a participação de mais instituições de saúde e um maior apoio ao longo de todo o processo (incluindo a candidatura), procurando assim facilitar a participação e aumentar a qualidade dos projetos a implementar:

FASE 1 – Candidaturas com Bootcamp preparatório: os interessados devem submeter uma versão resumida de um(a) oportunidade/problema para Projeto de Mudança do Capital Humano, assente na realidade da sua instituição (Formulário de candidatura). De todas as candidaturas rececionadas, 12 instituições serão selecionadas para participar num Bootcamp preparatório presencial, onde irão desenvolver o projeto de mudança que será apresentado ao Júri numa Sessão de Apresentação Final, realizada virtualmente. Caberá ao Júri a seleção das 3 instituições vencedoras que participarão na fase seguinte da Bolsa

FASE 2 – Programa de formação imersivo e apoio personalizado: ao longo de 3 sessões imersivas, as 3 instituições vencedoras irão aperfeiçoar o plano de projeto e de mudança, com base na experiência no terreno e aprofundando as competências necessárias para a implementação do seu Projeto de Mudança do Capital Humano.