Já está disponível a última edição da revista Gestão Hospitalar (GH). Aceda à versão digital aqui.
A definição de políticas de saúde será sempre uma área de intervenção dos administradores hospitalares. Neste contexto, os administradores hospitalares têm uma consciência política apurada e atenta, sendo natural que expressem as suas opções como qualquer outro cidadão. Contudo, parece claro que não devem utilizar os seus lugares na administração pública para alimentar a querela partidária. No mesmo alinhamento, a APAH deve manter-se equidistante dos partidos e, particularmente, da dialética partidária. Assim, não é desejável que os membros dos corpos sociais alimentem políticas de fação, instrumentalizando a APAH para promover interesses individuais, partidos ou candidatos. Por um lado, alienam-se parte dos associados que não se revêm nesse posicionamento. Por outro, descredibiliza-se o caráter técnico-profissional da associação, reduzindo o seu espaço de intervenção com graves consequências no médio-longo prazo. Não que a APAH deva ser um entidade muda.
Ao longo dos últimos anos, a APAH afirmou-se como uma voz incontornável no setor da saúde em Portugal. Este posicionamento não foi atingido através de uma voz cómoda ou alinhada com interesses do setor. A APAH assumiu posições corajosas em momentos difíceis. Quando seria mais simples criticar por criticar, a APAH optou sempre por apresentar propostas e alternativas concretas. Quando seria mais confortável o silêncio, a APAH falou e apontou caminhos. Quando o espaço público se transformou num fungágá, a APAH escolheu o silêncio. Se porventura existiram falhas no posicionamento da APAH elas decorrem da condescendência perante os nossos — aqueles que após tantas promessas e compromissos não os souberam honrar.
Esta edição da Revista Gestão Hospitalar (RGH) é precisamente publicada na semana que precede as eleições legislativas em Portugal. Neste contexto, apresentamos um breve resumo dos programas eleitorais para a área da saúde, em parceria com a Associação Portuguesa para a Economia da Saúde, e um estudo sobre “Que prioridades para a saúde em Portugal?” realizado com a EY. Apresentamos ainda mais cinco estudos APAH:
Não nos ficamos pelos estudos e apresentamos propostas concretas de melhoria, atividades de capacitação das unidades de saúde como a Bolsa Capital Humano, visitas de estudo a hospitais em Barcelona, ações de formação, e destaque aos melhores através do Healthcare Excellence. Damos ainda nota do lançamento de mais dois livros APAH:
A RGH não se esquece da sua história e da construção do Serviço Nacional de Saúde e convida os leitores a ler atentamente “As memórias da informática do Ministério da Saúde” pelo sócio de mérito José António Menezes Correia, e a “Segunda década da APAH: a riqueza do debate num clima adverso” pela jornalista Carla Pedro.
No dia 30 de janeiro cabe a cada cidadão expressar as suas opções nas urnas. A APAH cá estará livre e equidistante a defender o desenvolvimento dos serviços de saúde em Portugal.
.embed-container iframe, .embed-container object, .embed-container embed { position: absolute; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%;}