• +351 21 800 89 48 (chamada rede móvel nacional)
  • secretariado@apah.pt
In noticia

APAH apresenta resultados da 2.ª edição do “Índex Nacional de Acesso ao Medicamento Hospitalar”

Sobre o “Índex Nacional de Acesso ao Medicamento Hospitalar”

O “Índex Nacional de Acesso ao Medicamento Hospitalar” é um estudo promovido pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, com a coordenação científica da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, e o apoio da Ordem do Farmacêuticos, que tem como principais objetivos determinar o nível de acesso ao medicamento hospitalar, analisar os modelos de gestão, mecanismos de criação de evidência e de medição de resultados e ainda identificar as barreiras e/ou problemas existentes associados à equidade de acesso, gestão e dispensa do medicamento.

Na 2.ª edição do estudo a taxa de resposta dos hospitais do SNS foi de 61,2%. Os dados foram recolhidos através de um questionário online (entre 15 de setembro e 15 de outubro de 2021) e dizem respeito ao ano de 2020.

Principais conclusões do estudo

  • Maioria dos hospitais do SNS considera que negociação de medicamentos por via europeia é vantajosa;
  • Carga administrativa continua a ser, para 70% dos hospitais, a grande barreira no acesso a novos medicamentos;
  • 87% dos hospitais do SNS têm acesso a medicamentos antes da decisão de financiamento, garantindo assim, na globalidade, o acesso à inovação terapêutica, embora com níveis de acesso diferentes entre si;
  • 53% dos hospitais monitorizam, para efeitos internos, os resultados desta utilização, sendo que 30% efetua a gestão de dados relativos à utilização dos medicamentos em contexto de vida real;
  • Metade das instituições (50%) dá conta de roturas no fornecimento de medicamentos, que aconteceram, em 2020, mensalmente.

Para 83% dos hospitais do SNS que responderam ao “Índex Nacional de Acesso ao Medicamento Hospitalar”, a negociação de medicamentos por via europeia é vista com bons olhos, acreditando que dessa forma o acesso à inovação terapêutica seria mais célere e os custos de aquisição mais baixos.

87% dos hospitais do SNS têm acesso a medicamentos antes da decisão de financiamento, através do mecanismo de Autorização de Utilização Especial (AUE), com ou sem Autorização de Introdução no Mercado (AIM), garantindo assim, na globalidade, o acesso à inovação terapêutica, embora com níveis de acesso diferentes entre si, gerando assim desigualdades neste acesso.

Após a introdução de uma nova terapêutica, 53% dos hospitais monitorizam, para efeitos internos, os resultados desta utilização, sendo que 30% efetua a gestão de dados relativos à utilização dos medicamentos em contexto de vida real, nomeadamente no que respeita a dados de efetividade e segurança.

O estudo conclui que a carga administrativa continua a ser a grande barreira no acesso a novos medicamentos e que, em 50% dos hospitais, as roturas no fornecimento de medicamentos aconteceram mensalmente e em 30% semanalmente, sendo esta situação considerada um problema grave por 77% das instituições. 

No que respeita à dispensa de proximidade, 87% das instituições possui um programa de dispensa de medicamentos de proximidade, ainda que a grande maioria (54%) o tenha implementado em contexto de resposta à pandemia. O domicílio e a farmácia comunitária continuam a ser os locais preferenciais na entrega destes medicamentos. Neste seguimento, e com vista a apoiar os doentes na realização correta da sua terapêutica medicamentosa, a consulta farmacêutica é já uma realidade em 46% dos hospitais e na grande maioria (58%) para todos os doentes, independentemente da sua doença.

Recorde-se que no estudo apresentado no ano passado no Fórum do Medicamento sobre a “Acessibilidade e dispensa de proximidade ao medicamento hospitalar”, realizado a doentes e cuidadores, 82,9% dos inquiridos gostaria que, no futuro, o levantamento da medicação fosse realizado numa farmácia perto de si (43,7%) ou em casa (39,2%) e 65% mostrava-se disponível para pagar por essa dispensa de proximidade, independentemente de pagarem ou não taxas moderadores.

Em 2020, a média ponderada do “Índex Global de Acesso ao Medicamento Hospitalar” foi de 66%, resultado obtido através de uma fórmula de cálculo, que incluiu a análise de seis dimensões:

  1. Acesso ao medicamento inovador;
  2. Distribuição de proximidade;
  3. Importância das roturas no acesso ao medicamento;
  4. Acesso ao medicamento em função do custo/financiamento;
  5. Utilização de medicamentos baseada em resultados; e
  6. Acesso em fase de pré-financiamento.

Estes e outros dados foram apresentados publicamente, em mais uma edição do Fórum do Medicamento, uma iniciativa da APAH, com o apoio da AstraZeneca e que contou com transmissão em direto no Facebook e Youtube da APAH.

Conheça em detalhe todos os resultados da 2.ª edição do estudo “Índex Nacional de Acesso ao Medicamento Hospitalar” consultando o Relatório Final e a Infografia.

Assista aqui à apresentação dos resultados da 2.ª edição do “Índex Global de Acesso ao Medicamento Hospitalar” e ao debate feito na 13.ª edição do “Fórum do Medicamento“:

Saiba mais sobre a iniciativa e as edições anteriores:

APAH apresentou resultados do “Índex Nacional do Acesso ao Medicamento Hospitalar” — APAH