Cientes da exigência em desenvolver modelos de prescrição, gestão e dispensa centrado nas preferências dos doentes, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com o apoio técnico da 2Logical, promoveu o estudo ACESSIBILIDADE E DISPENSA DE PROXIMIDADE AO MEDICAMENTO HOSPITALAR com o objetivo de perceber as expectativas e necessidades dos doentes, ou dos seus cuidadores, no processo de acesso e dispensa dos medicamentos hospitalares.
O estudo contou com uma amostra de 510 indivíduos que utilizam medicação de dispensa exclusiva hospitalar. A amostra é proporcional à população portuguesa e está de acordo com a incidência das doenças para as quais é necessário utilizar medicamentos de dispensa exclusiva hospitalar. Toda a informação foi recolhida através de entrevistas online, suportadas por um questionário com perguntas fechadas, semi-fechadas e abertas.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
35,8% dos inquiridos mudaram o local de levantamento/dispensa durante o confinamento e mantiveram-no no pós-confinamento, da farmácia hospitalar para uma farmácia comunitária ou para entrega direta em casa;
Conforto, poupança e rapidez foram as principais razões que levaram os doentes a optar por uma entrega de proximidade:
Cada doente que mudou para o modelo de proximidade, poupou em média 112km em deslocações (ida e volta);
28,6% dos doentes que mudou para o modelo de proximidade gastava, antes do confinamento e no modelo hospitalar, mais de 20€ em deslocações. Ao passarem para o modelo de proximidade, 92% passaram a gastar menos de 5€;
Antes do confinamento, e utilizando o modelo de dispensa hospitalar, 55% dos doentes tinham que faltar ou tirar férias no trabalho. Com a passagem para o modelo de dispensa de proximidade, para 90% dos inquiridos deixaram de ter a necessidade de faltar ou meter férias;
82,9% dos inquiridos gostaria que no futuro o levantamento da medicação fosse realizado numa farmácia comunitária perto de si (43,7%) ou em casa (39,2%);
65% dos inquiridos estão dispostos a pagar para receber a medicação no local que pretendem, independentemente de pagarem ou não de taxas moderadoras;
Meios de comunicação com os profissionais de saúde também sofreram alterações, passando a privilegiar-se os contactos por email, whatsapp e sms, bem como as chamadas telefónicas. A utilização de APPs para consultar o ponto de situação da entrega da medicação é considerada pelos inquiridos como muito útil, com uma avaliação de 4,17 (escala de 1 a 5);
Os doentes que mudaram para o modelo de proximidade tem um maiorgrau de satisfação, 4,61 (escala de 1 a 5), comparativamente a 3,12 do modelo hospitalar que utilizavam antes do confinamento.
Conheça todos os resultados do estudo disponíveis no Relatório Final e na Infografia infra:
A apresentação pública dos resultados do estudo ‘Acessibilidade e dispensa de proximidade ao medicamento hospitalar’ decorre dia 13 de novembro, a partir da 9h30, no Fórum do Medicamento com emissão em direto no Facebook da APAH e no Canal APAH no YouTube permitindo assim a participação de todos os interessados.