É um dos prémios mais prestigiados no âmbito da investigação em sistemas de saúde, em Portugal, e o Administrador Hospitalar Mário de Figueiredo Bernardino acaba de o vencer com o trabalho de investigação “Gestão em Saúde. Organização Interna dos Serviços”. O Prémio António Arnaut, instituído pela Edições Almedina, é constituído por uma remuneração pecuniária de três mil euros, assegurada integralmente pela Fundação Calouste Gulbenkian, e pela publicação do trabalho premiado, assegurada pela Edições Almedina.
Mário Bernardino
O Administrador Hospitalar Mário Bernardino é licenciado em Direito, tendo exercido funções em vários hospitais do SNS: Centro Hospitalar do Oeste, Centro Hospitalar Barreiro Montijo, Hospital de Reynaldo dos Santos e Hospital de Santa Cruz.
Atualmente, é Administrador de Raríssimas – Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras e Membro do Conselho de Peritos da Academia APAH – Programa de Formação Contínua da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.
Já publicou dezenas de artigos de investigação em revistas e diplomas da especialidade, e é autor das seguintes obras editadas pelas Edições Almedina:
- “Aquisições de Bens e Serviços na Administração Pública”, em novembro de 2000;
- “Aquisições de Bens e Serviços na Administração Pública – 2.ª Edição revista e atualizada”, em julho de 2003;
- “Aquisições de Bens e Serviços na Administração Pública – 3.ª Edição revista e atualizada”, em maio de 2006;
- “As Compras e a Gestão de Materiais – especificidades na Administração Pública”, em maio de 2012;
- “Gestão em Saúde. Organização Interna dos Serviços”, em setembro de 2017.
Prémio António Arnaut 2017
Na decisão argumentativa que sustentou a atribuição do “Prémio António Arnaut” a Mário Bernardino, o júri escreve que
“os serviços de saúde são organizações diferentes que exigem respostas singulares a reiterados desafios importantes e imprevistos. O objetivo da gestão é criar as condições para, sem perda de eficiência, majorar a flexibilidade e a capacidade de adaptação aos processos contínuos de mudança nas organizações. Como instituições peculiares e tendo em consideração a complexidade e diferenciação dos serviços de saúde, há necessidade de antecipar a evolução das práticas instituídas para seleção das técnicas de gestão adequadas. Este trabalho (de Mário Bernardino) apresenta uma sistematização dos conceitos sobre função e estrutura das organizações de saúde e propõe-se reunir os conhecimentos fundamentais sobre a organização interna dos serviços. Ambiciona-se dispor de um manual com reflexões sem intenção de elaborar conceitos, mas sugerir perspectivas e constituir-se como um auxiliar de gestão desses serviços”.
A cerimónia de entrega do galardão e do texto de investigação, entretanto publicado em livro, vai decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, dia 25 deste mês de outubro, às 18h30. A obra será apresentada por Francisco Ramos, presidente do Conselho de Administração do Instituto Português de Oncologia de Lisboa.
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