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X Congresso APFH In noticia

APAH marca presença no X Congresso Nacional da APFH

O X Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH), subordinado ao tema “FARMACÊUTICO CLÍNICO A CHAVE DO SISTEMA DE SAÚDE”, teve lugar de 22 a 24 de Novembro no Centro de Congressos do Estoril. O seu programa incluiu diversas sessões plenárias, a apresentação de trabalhos por farmacêuticos hospitalares e simpósios-satélite. A Dr.ª Carla Campos, da Unidade Local de Saúde de Matosinhos presidiu à Comissão Organizadora do evento, sendo a Comissão Científica presidida pelo Prof. Doutor Francisco Batel Marques, presidente da Sociedade Portuguesa de Farmácia Clínica e Farmacoterapia (SPFCF).

Em complemento a APFH promoveu de 22 a 25 de Novembro, a sua 10ª Semana APFH cujo programa continuou baseado da formação e atualização de conhecimentos dos farmacêuticos integrados nos hospitais e noutras unidades prestadoras de cuidados de saúde.

Conheça o programa da 10ª Semana APFH – X Congresso Nacional aqui.

Resumo da intervenção da APAH no X Congresso Nacional da APFH

O Presidente da APAH, Alexandre Lourenço, participou marcou presença na sessão “Os Serviços Farmacêuticos no Sistema de Saúde”, decorrida no último dia da 10.ª Semana da APFH. Foi-lhe solicitado abordar as “Expectativas da Administração Hospitalar” quanto aos serviços farmacêuticos.

Iniciou a sua intervenção por saudar a APFH e todos os farmacêuticos hospitalares pelos recentes desenvolvimentos ao nível da carreira especial farmacêutica na Administração Pública, destacando o papel dos farmacêuticos no desenvolvimento e inovação dos hospitais portugueses.

O papel do farmacêutico hospitalar é essencial nos hospitais portugueses, passando, entre outras, pela colaboração na aquisição e boa gestão dos medicamentos; preparação e distribuição de medicamentos; promoção da adesão terapêutica; informação clínica, científica e financeira; e avaliação da inovação terapêutica e monitorização de ensaios clínicos.

O desenvolvimento da carreira especial farmacêutica acarreta novas responsabilidades. Efectivamente, os hospitais têm a necessidade de se adaptar ao modelo de prestação de cuidados a doentes crónicos. Nesta linha, a atual organização hospitalar encontra-se obsoleta: o processo de cuidados não é planeado, documentado, ou gerido. Mantém-se pela sua flexibilidade. Por outro lado, em muitos casos, o costume, a prática, o precedente reinam sobre o conhecimento.

Assim, a farmácia hospitalar deve contribuir para o novo modelo de prestação de cuidados. A continuidade de cuidados centrada no cidadão obriga a farmácia hospitalar a desenvolver a sua ação em parceria com a comunidade e com a casa do doente – enorme desafio para o circuito do medicamento. Efetivamente, a farmácia hospitalar encontra-se num processo evolução entre um modelo de organização baseado no medicamento para um modelo baseado nos serviços farmacêuticos, valorizando-se o papel do Farmacêutico Clínico.

O projeto-piloto de dispensa de medicamentos hospitalares nas farmácias comunitárias portuguesas é um bom exemplo para a evolução do hospital português e para a farmácia hospitalar. É desejável que este projeto seja alargado ao todo nacional, aumentando o acesso ao medicamento aos portugueses. Não existe nenhuma razão plausível para manter barreiras de acesso ao medicamento hospitalar e ao desenvolvimento de programas de dispensa centrados no doente.

A limitada autonomia dos hospitais ao nível dos recursos humanos e da contratação pública cria constrangimentos à prestação de cuidados de saúde. Os serviços farmacêuticos não são excepção. Os processos de aquisição de medicamentos e os serviços farmacêuticos estão a ser afectados, conduzindo ao aumento do desperdício e à redução da qualidade dos serviços prestados. Hoje, vivemos tempos difíceis nas nossas organizações. Como é o seu papel, a APAH mantém a colaboração com o Ministério da Saúde com o intuito de criar melhores condições de gestão e prestação de cuidados. É exemplo disso, o trabalho recentemente encetado com a SPMS no âmbito da compra centralizada. Em conjunto, devemos apelar por outro modelo de governação para os hospitais, garantindo mais autonomia e responsabilização.

O trabalho conjunto entre administradores e farmacêuticos hospitalares vem de há longa data e vai perdurar. Os administradores hospitalares acreditam na capacidade dos serviços farmacêuticos para contribuir para a evolução e inovação do hospital português, seja ao nível da redução do desperdício, da avaliação de tecnologias da saúde, ou do desenvolvimento de cuidados centrados no doente. 

O Presidente da APAH destacou ainda o compromisso da APAH com a formação contínua, tendo convidado os farmacêuticos hospitalares a conhecer a Academia APAH. Com especial interesse para os farmacêuticos hospitalares, destacou:

 

PAGeM − PROGRAMA AVANÇADO de GESTÃO do MEDICAMENTO

O PAGeM é uma iniciativa promovida pela APAH e a Ordem dos Farmacêuticos, em parceria com Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.

Os desafios associados à gestão das tecnologias, face ao aumento da disponibilidade de medicamentos de elevado preço e às expectativas da população, irão marcar profundamente a sociedade e o sistema de saúde no decurso das próximas décadas. Tendo em conta as restrições orçamentais, os sistemas de saúde dos países mais desenvolvidos têm experimentado uma grande variedade de instrumentos de natureza administrativa e gestionária, com o objetivo de reduzir a incerteza causada pela introdução de novos medicamentos e o seu impacto na sustentabilidade económica e financeira.

O PAGeM destina-se, prefencialmente, a administradores hospitalares e gestores de serviços de saúde do setor público, privado e social, farmacêuticos do setor hospitalar e comunitário, diretores de serviços clínicos, chefes de serviço e outros profissionais do setor da saúde com interesse na gestão do circuito do medicamento, capacitando-os para a tomada de decisão e gestão associada aos desafios presentes e futuros da tecnologia do medicamento no sistema de saúde.

O PAGeM, tem início em 5 de janeiro e término em maio de 2018, integrará 6 módulos que irão abordar as seguintes temáticas: i) organização do sistema de saúde; ii) regulação, legislação e política do medicamento; iii) desenvolvimento tecnológico e avaliação tecnologias da saúde; iv) farmácia hospitalar e gestão do medicamento; v) sistemas de informação e apoio e decisão e vi) gestão comportamental.

A APAH considera este Programa de formação essencial para o conhecimento e ganho de competências dos decisores em saúde para a necessidade de liderança na tomada de decisão e gestão das tecnologias e em concreto do medicamento nas unidades de prestação de cuidados de saúde.

As Inscrições no PAGeM decorrem até 30 de novembro e devem ser efectuadas aqui

 

PALAIS − PROGRAMA AVANÇADO para a LIDERANÇA e ADMINISTRAÇÃO da INVESTIGAÇÃO em SAÚDE

A APAH organiza o PALAIS, em parceria com Nova Medical School (Faculdade de Ciências Médicas) e a PtCRIN (Portuguese Clinical Research Infrastructures Network), contando para o efeito com o apoio da APIFARMA.

Trata-se de um Programa de formação essencial para a dinamização da investigação em saúde nos hospitais, pretendendo capacitar os administradores e gestores de serviços de saúde para a necessidade de liderança na tomada de decisão e gestão das infraestruturas de investigação nas unidades de prestação de cuidados de saúde. A investigação em saúde é hoje considerada uma atividade profissional que, à semelhança dos cuidados assistenciais, requer uma estrutura própria de governação e de gestão de necessidades específicas, nomeadamente: recursos humanos, infraestruturas físicas, recursos financeiros e procedimentos/operações/serviços de apoio.  Os hospitais deparam-se, ainda, com dificuldades operacionais para promover a investigação em saúde, incluindo a gestão e promoção de ensaios clínicos, devendo profissionalizar esta área de atividade, de forma a responder às solicitações das empresas farmacêuticas e de dispositivos médicos no desenvolvimento de ensaios promovidos por estas, mas também em estudos de iniciativa do investigador.

O PALAIS, tem início na 2.ª quinzena de janeiro 2018 , num total de 54h lectivas e integrará 5 módulos que irão abordar as seguintes temáticas:  i) diversidade de estudos, perfil e formação dos profissionais, ii) ética da investigação clínica e biomédica, iii) aspectos regulamentares, iv) qualidade dos dados e dos procedimentos, v) financiamento, disseminação e comunicação.

A APAH considera a Investigação em saúde como uma área de elevado potencial económico para os hospitais portugueses e para as regiões onde estão inseridos, exigindo-se a liderança e administração destas estruturas por profissionais de gestão com conhecimentos e competências necessárias para a sua efetiva e eficiente rentabilização.

As Inscrições no PALAIS decorrem até 30 de novembro e devem ser efectuadas aqui