O setor da saúde tem sido referenciado como um aliado na resposta às alterações climáticas, pela prestação de cuidados de saúde às populações afetadas pela crise climática. No entanto, as instituições de saúde, em especial os hospitais são também, ainda que pouco reconhecidos, promotores do problema. A contribuir para este agravamento está o facto de funcionarem continuamente, das suas atividades implicarem um consumo intensivo de energia e de ser necessário assegurar constantemente condições de segurança e qualidade. Assim, a resposta do setor terá de ir mais além da prestação de cuidados e englobar a redução drástica das emissões do setor. Neste contexto, Portugal e Espanha foram considerados países cujos setores da Saúde emitem gases de efeito estufa (GEE) acima da média europeia.
Neste enquadramento, o projeto Green Hospitals, apoiado pelo POCTEP, tem como principal objetivo a implementação em hospitais ibéricos de medidas e tecnologias inovadoras que permitam alcançar níveis elevados de eficiência energética (EE) e contribuir assim para a diminuição do uso de energia e consequente emissão de GEE do setor da saúde ibérico.
O projeto Green Hospitals consiste numa abordagem multidimensional que engloba pessoas, redes de entidades, administrações e edifícios e que poderá não só contribuir para a redução da pegada ecológica dos hospitais, mas também para o aumento da sustentabilidade dos sistemas de saúde ibéricos. As entidades portuguesas envolvidas no projeto são designadamente a ULS de Trás os Montes e Alto Douro, a ULS de Coimbra, a ULS do Algarve, a RNAE – Rede Nacional de Agências de Energia e a APAH; do lado de Espanha as entidades envolvidas são a Sacyl – Agência de Saúde de Castillha e Leão, a EREN – Agência de Energia de Castillha e Leão e a Sergas – Agência de Saúde da Galiza.
A reunião de Kick-off do projeto Green Hospitals teve lugar no dia 20 de maio de 2014.