No âmbito da edição de 2017 do Ciclo de Conferências “Investir, Inovar, Avançar”, a APIFARMA realizou a 23 de Novembro, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém a 3ª Conferência “Por um Financiamento Adequado”.
No decurso da Conferência foram discutidos os critérios na decisão do financiamento, a sua equidade e proporcionalidade, bem como a utilização balanceada de mecanismos de partilha de risco. Conheça o programa da Conferência aqui.
Conferência “Por um Financiamento Adequado”
A Conferência presidida por Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, teve início com uma sessão Debate moderada por André Macedo, Jornalista, que contou com a participação de António Correia de Campos e Tim Wilson. O Presidente do Conselho Economico e Social abordou a temática relativa ao financiamento do Sistema de Saúde e das tecnologias de saúde. Tim Wilsdon, Vice-Presidente da CRA – Charles River Associates, apresentou o estado da arte dos Modelos de financiamento alternativos das tecnologias de saúde.
A 2.ª parte da Conferência continuou com uma mesa redonda representativa dos diversos atores do sistema de saúde. Nesta mesa analisaram-se os diferentes pontos de vista na definição dos critérios na decisão do financiamento para maximização dos ganhos em saúde. Foi ainda analisada a medida em que a utilização balanceada de mecanismos de partilha do risco contribuem para a equidade e proporcionalidade no financiamento.
Posição da APAH
A APAH foi representada na Conferência pelo seu Vice-Presidente, Victor Herdeiro que na ocasião destacou os modelos de financiamento como veículo para a melhoria da eficiência. Este deu nota que Portugal é pioneiro na implementação da capitação no financiamento das Unidades Locais de Saúde. No seu entender este modelo de financiamento promove uma integração dos cuidados e é um passo possível para a adoção do financiamento alocado à obtenção de resultados em saúde efetivos para os utentes (Value Based Healthcare).
Em relação à implementação dos acordos de partilha de risco, Victor Herdeiro frisou a importância dos mesmos como forma de garantir a introdução e acesso à inovação terapêutica salientando contudo que a questão da sua confidencialidade é por vezes olhada com desconfiança e pode ser penalizadora para a promoção da concorrência.
Salientou igualmente a necessidade de se definirem de forma clara os endpoints (KPIs) dos acordos de partilha de risco a qual deve ser suportada operacionalmente por sistemas de informação que permitam monitorizar de forma adequada e atempada os resultados obtidos.
Também os desafios associados à implementação e otimização dos modelos de partilha de risco estiveram em discussão na edição deste ano do Fórum do Medicamento que decorreu no passado dia 17 de novembro em Lisboa
https://apah.pt/noticia/forum-do-medicamento-partilha-de-risco/
Programa Avançado de Gestão do Medicamento (PAGeM)
Considerando a prioridade em promover a melhoria da gestão do medicamento, a Academia APAH promove com a Ordem dos Farmacêuticos, e em parceria com Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa o 1.º Programa Avançado de Gestão do Medicamento (PAGeM).
Conheça em pormenor este Programa de Formação aqui