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Países com gestão profissionalizada apresentam melhores resultados no EHCI 2017

O EHCI 2017 – Euro Health Consumer Index é uma classificação anual dos sistemas de saúde nacionais da Europa. Esta classificação baseia-se nos resultados de um conjunto de indicadores, englobando desde 2014 as seguintes seis áreas temáticas:
  • Direitos e informação dos doentes;
  • Acessibilidade;
  • Outcomes (resultados);
  • Diversidade e abrangência dos serviços prestados;
  • Prevenção;
  • Produtos farmacêuticos.

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Portugal aparece classificado numa honrosa 14.º posição à frente de países como o Reino Unido (15.º), a Espanha (18.º), a Itália (21.º) ou a Irlanda (24.º). 

Este exercício de benchmarking é especialmente relevante na identificação de áreas de melhoria. Com efeito, os vários sistemas de saúde atravessam desafios comuns, importando compreender como os diferentes Países encontram respostas para os seus cidadãos.

Dos autores do ECHI 2017 uma lição é clara:
Remove politicians and other amateurs from operative decision-making in what might well be the most complex industry on the face of the Earth: Healthcare!
Remova os políticos e outros amadores da tomada de decisões operacionais no que pode muito bem ser a indústria mais complexa à face da Terra: Prestação de cuidados de saúde!
Com efeito, os Países com gestão profissionalizada e despolitizada apresentam melhores resultados no EHCI 2017.

Áreas de melhoria identificadas através do EHCI 2017

Destacamos as seguintes áreas de melhoria onde apresentamos um pior desempenho comparativo:
  • Equidade no acesso ao sistema de saúde. A percentagem de despesa pública é inferior a 70% da despesa total em saúde, condicionando o acesso a cuidados de saúde das populações mais vulneráveis. Os Países com melhores indicadores apresentam uma  despesa pública superior a 80%.

public share

  • Tempo de Espera para meios avançados de diagnóstico em casos não agudos. Este indicador é medido através da percentagem de TC realizadas em menos de 7 dias. Neste caso, Portugal é penalizado pela incapacidade em medir este indicador – matéria entretanto em vias de ser resolvida.

tempo de espera CT

  • Infeções nosocomiais medidas pela percentagem de infeções hospitalares resistentes  por Staphylococcus aureus resistente à Meticilina (MRSA). Apesar destes dados se referirem a 2015, esta é uma área de elevada preocupação para os administradores hospitalares e merece ser uma prioridade para a gestão hospitalar.

MRSA

  • Insuficientes renais a realizar diálise fora de clínicas. Este indicador é medido pela Percentagem de doentes em diálise peritoneal ou hemodiálise domiciliária inferior a 8%. O bom desempenho deverá apresentar mais de 15% dos doentes nestas tipologias de diálise. A hemodiálise em clínica requerem 3 x 4 horas sessões por semana, conduzindo a elevadas dificuldades em manter um emprego dos insuficientes renais mais jovens. A diálise doméstica (diálise peritoneal ou HD em casa) realiza-se todas as noites com melhores resultados de tratamento. Por último, a diálise em uma clínica é muito mais cara, normalmente entre 50 a 60 por paciente por ano (na Europa Ocidental).

dialysis

  • Percentagem de partos por cesariana ainda acima dos 30% em Portugal. Apesar de em 2016, os hospitais do SNS terem ficado pelos 27,3% de partos com cesariana, os partos realizados pelos hospitais privado empurram os dados nacionais para 33,1%. As cesarianas estão associadas a um risco aumentado de morte materna, pelo que esta intervenção deve ser restrita a algumas indicações bem definidas.

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  • Saúde oral como parte da oferta pública. Este indicador é medido pelas necessidades não satisfeitas em cuidados de saúde oral. Portugal está entre os Países com piores indicadores nesta área.

    saúde oral

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